terça-feira, 14 de julho de 2009

BULLYING NAS ESCOLAS












Bullying nas escolas
Podemos começar por distinguir os diferentes actores em palco. Assim temos as vítimas, os alvos/autores (alunos que ora praticam, ora sofrem), os autores e as testemunhas:

  • Os autores, mais conhecidos pela expressão “bullies”, são sujeitos de famílias desestruturadas, marcadas pela falta de relacionamento efectivo e ausência de supervisão, nas quais prima a resolução de conflitos através de um comportamento negativo e agressivo. Se esta conduta não é travada há o risco de na idade adulta adoptarem uma atitude anti-social, violenta e até criminosa.

  • Os alvos são aqueles que sentem os efeitos da acção dos bullies. Caracterizam-se pela falta de posição para fazer cessar os actos contra si, fraca sociabilidade, baixa auto-estima e insegurança.
    Os alunos sobre que incide o bullying podem ficar permanentemente marcados por esta experiência negativa no seu crescimento. Poderão desenvolver sentimentos negativos, condutas agressivas, e até mesmo problemas de foro psicológico. Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir à escola. Em algumas situações extremas, os estudantes refugiam-se no álcool e nas drogas ou automutilam-se, podendo chegar a cometer o suicídio.
    A longo prazo estes alunos revelam problemas de relacionamento em termos sociais, profissionais e amorosos. Em alguns casos, verifica-se, mais tarde, a necessidade de retorno e praticam o bullying no trabalho.
    No entanto, a grande maioria, em função das suas próprias características e do apoio que recebam, nomeadamente da família, podem vir a superar parcialmente ou totalmente este trauma.

  • As testemunhas são os alunos que nem sofrem nem praticam bullying, mas convivem num ambiente marcado pela violência, e que mesmo não concordando, não denunciam ou criticam com medo de se tornarem as próximas vítimas. A ausência de punição para os bullies transmite-lhes uma falta de segurança e uma idea errada de justiça.